Jubileu Diocese Porto 2025 – Acólitos

Jubileu dos Acólitos e primeiros Acólitos Instituídos “leigos”

12 setembro, 2025 DioceseLiturgia, Voz Portucalense

Por Secretariado Diocesano da Liturgia

Está a ser preparado o Jubileu diocesano dos Acólitos “ministrantes”, a cargo do respetivo Serviço Diocesano [=SDA], órgão integrante do Secretariado Diocesano de Liturgia.

Estão previstas duas modalidades de participação:

os que puderem e se inscreverem para tal, até 14 de setembro, na plataforma preparada para o efeito (ver Facebook do DAS):

 https://docs.google.com/…/1FAIpQLSdpHli5GbDjQK…/viewform) vão convergir para a cidade do Porto já durante o sábado, 4 de outubro, aproveitando o dia para participarem em diversas atividades preparadas para viver e aprofundar a alegria deste serviço ao altar da Eucaristia, à celebração dos sacramentos e à comunhão/comunidade que eles conformam.

A segunda modalidade é a proposta universal, dirigida a todos: os acólitos, vindos dos quatro cantos da Diocese, concentram-se ao início da tarde diante da Igreja de Santo Ildefonso, no Porto, podendo usufruir de um concerto que lhes é oferecido. Segue-se uma peregrinação/procissão em direção à Igreja-Mãe da Diocese, a Sé do Porto, para o ponto alto do Jubileu: a celebração eucarística presidida pelo Bispo diocesano, que deverá começar pelas 16h.

Este será um momento marcante não só para os acólitos ministrantes que se encontram com o seu Bispo, mas para toda a Igreja diocesana que vai testemunhar um acontecimento inédito na sua história: pela primeira vez, três fiéis leigos – e entre eles uma senhora – vão receber a colação do ministério laical instituído de Acólito.

Foi já em 15 de agosto de 1972 (Ministeria quaedam) que São Paulo VI reformou a disciplina relativa às chamadas «ordens menores», desligando-as do clero e substituindo-as por ministérios instituídos a conferir a fiéis leigos: Leitorado e Acolitado. O Papa previa a eventualidade de outros ministérios a instituir, por proposta das Conferências Episcopais. Porque a receção desses ministérios continuou e continua a integrar o itinerário formativo dos futuros ministros ordenados, a normativa canónica determinou então que somente os fiéis do sexo masculino seriam sujeitos elegíveis para esta instituição. O Código de Direito Canónico manteve essa restrição (cân. 230, § 1), com duas consequências: a) prolongamento involuntário da situação pré-conciliar, com a reserva prática da instituição aos candidatos às ordens sagradas, obscurecendo-se o seu carácter laical e a sua derivação dos Sacramentos da Iniciação cristã (e não da Ordem); b) porque os pastores da Igreja não quiseram secundar a discriminação entre homens e mulheres no exercício de ministérios laicais, percorreu-se a via aberta pelos §§ 2 e 3 do mesmo cân. 230 e assistimos ao maravilhoso fenómeno da multiplicação de leitores e acólitos de facto, de ambos os sexos, com o beneplácito dos bispos diocesanos.

Correspondendo ao apelo de muitos bispos e retomando propósitos anunciados pelos seus antecessores, o Papa Francisco, removeu a exclusão do sexo feminino prevista no cân. 230, § 1, com o motu proprio “Spiritus Domini” de 10 de janeiro de 2021. Em 22 de junho de 2022, a Conferência Episcopal Portuguesa publicou uma Instrução Pastoral com princípios e normas revistos (Ministérios laicais para uma Igreja Ministerial). Na nossa Diocese, D. Manuel Linda emitiu uma oportuna Nota Pastoral em 29 de maio de 2023. E pode agora, 53 anos após, «receber-se» a grande reforma conciliar dos ministérios, promovida por São Paulo VI.

Aderimos, assim, ao convite de D. Manuel Linda: «correspondendo ao impulso renovador do Concílio, de São Paulo VI e do Papa Francisco, com os meus irmãos Bispos da Conferência Episcopal […], a partir da base maravilhosa desta imensa e difusa ministerialidade de facto, quero convidar a Igreja diocesana a dar um passo determinado na implementação efetiva dos ministérios laicais instituídos de leitores, acólitos e catequistas» (Nota Pastoral de 29 de maio de 2023). Dizia então o nosso Bispo Diocesano: «Antevejo que cada paróquia ou igreja/reitoria, no futuro, venha a ter um(a) acólito(a), um(a) leitor(a) e um(a) catequista devidamente instituídos. Esse número poderá crescer nas comunidades mais populosas ou pluricêntricas à medida que se for consolidando esta reconfiguração ministerial. Respeitando a lei da gradualidade, poderá começar-se a nível vicarial, por aqueles que já vão desempenhando tarefas de coordenação e são referência reconhecida nas respetivas áreas».

Felicitamos os 3 fiéis leigos que agora se preparam para dar este passo de generosa dedicação às suas comunidades no serviço do culto divino e da caridade. Saudamos as paróquias que os apresentam. E renovamos o convite/desafio a todas as outras para que percorram este belo caminho de uma Igreja ministerial.

 

Jubileu Diocese Porto 2025 – Acólitos (PDF)