Albino José Gonçalves Reis

Nasceu no dia 31 de janeiro de 1962, segundo de três filhos de João Augusto Reis (proprietário, funcionário público e hoje aposentado) e de Antónia da Conceição Gonçalves Reis (professora primária e hoje aposentada), em Vale de Penela, lugar da freguesia de Riodades, no concelho de S. João da Pesqueira.

Viveu em Luanda (Angola) desde 1965 até quase aos 13 anos, tendo “retornado” a Portugal no dia de Natal de 1974.

Depois do 2º ano do Curso Complementar dos Liceus, em Torre de Moncorvo, entrou para o Postulantado, dos Missionários Combonianos em Coimbra. Tinha quase 18 anos e, numa decisão que surpreendeu a todos e a si mesmo, trocou o curso de Medicina pela Teologia e pela vocação missionária. Entre 1979 e 1981, cursou Filosofia no ISET (Instituto Superior de Estudos Teológicos) de Coimbra. De 1981 a 1983, fez o Noviciado em Santarém, com um breve estágio na Casa de Saúde Mental dos Irmãos de S. João de Deus, no Telhal.

Fez a Primeira Profissão de Votos Temporários no Domingo de Pentecostes de 1983. Foi para Paris estudar Teologia na UCP (Universidade Católica de Paris) concluindo o Curso em 1987. Durante esses quatro anos, desenvolveu trabalho pastoral entre a comunidade portuguesa na capital francesa.

Foi ordenado presbítero no dia 09 de abril de 1988.

Trabalhou na Animação Vocacional Juvenil em Portugal, a partir da Comunidade Comboniana da Maia até 1991. Entretanto, foi chamado para cumprir o serviço militar obrigatório ao qual fez objeção de consciência, ficando obrigado ao serviço cívico alternativo que foi cumprir no Brasil, ao abrigo de acordo de Portugal no quadro dos PALOP.

Depois do fim do serviço cívico em Fortaleza, no Estado nordestino do Ceará, continuou a missão no interior do Maranhão, na região pré-amazónica, junto das comunidades dos sem terra, posseiros, garimpeiros e índios. O Bispo de Zé Doca pediu-lhe para coordenar a Pastoral da Diocese onde todos os padres ainda eram estrangeiros. Os primeiros padres nativos foram, entretanto, surgindo. Esteve envolvido num grande conflito de luta pela posse da terra, ao lado dos posseiros, de qual resultaram várias mortes e que originou a sua decisão de candidatar-se pelo P.T. (Partido dos Trabalhadores) a um cargo de Presidente da Câmara (Prefeito) de um dos cinco Municípios da sua Paróquia. Foi um projeto interessante que abortou em pleno tempo de pré-campanha por pressão dos seus superiores hierárquicos que o chamaram de regresso a Portugal.

Trabalhou durante quase dois anos, na redação das Revistas Além-Mar e Audácia, trabalho que interrompeu para ir ao México em ano sabático. No México, esteve com os índios tzeltal e chöle, em Chiapas, região de grande influência da guerrilha zapatista do subcomandante Marcos.

Após regressar a Portugal, em 2003, pediu autorização para um período de 3 anos em regime de exclaustração. O bispo do Porto, D. Armindo, confiou-lhe a Paróquia do Divino Salvador de Vilar de Andorinho, onde se encontra, desde então. Atualmente está incardinado na Diocese do Porto por não lhe ter sido permitido renovar o período de exclaustração.

Desde a nomeação para esta Paróquia, o Padre Albino Reis tem desenvolvido uma atividade pastoral fortemente interventiva, quer no plano temporal, quer espiritual, assumindo funções diversas para além do seu múnus espiritual enormemente rico e apreciado.

É presidente da Associação Cultural e Recreativa Preservar Memórias ACR Rancho Folclórico da Paróquia do Divino Salvador de Vilar de Andorinho, que ajudou a criar em fevereiro de 2009 numa manifestação autêntica de forte ligação à comunidade.

Foi e é fundamental a sua presença no acompanhamento da construção, dinamização e trabalho pastoral associado à nova Igreja da Sagrada Família em Vila d’Este. A Igreja iniciou a construção em 18 de outubro de 2008 (primeira pedra) e foi benzida e dedicada à Sagrada Família pelo Bispo do Porto, D. Manuel Clemente em 22 de abril de 2012

É Presidente do Centro Social e Paroquial de Vilar de Andorinho que fundou em 2009, juntando a vontade de um grupo de paroquianos, para dar uma resposta social e caritativa mais estruturada aos problemas e pedidos que se tornavam cada vez mais urgentes. Também pela emergência dos novos pobres.

É capelão do Centro Hospitalar Gaia/Espinho em acumulação com a sua atividade de pároco, o que completa o seu multifacetado empenho, agora aos problemas dos doentes e fragilizados.

Por decisão da Diocese é Assistente Diocesano da Associação Católica de Enfermeiros Profissionais Saúde (ACEPS) e por decisão da Vigararia à qual pertence Vilar de Andorinho – Gaia Norte – é responsável da pastoral da juventude.

É, desde alguns anos, Conselheiro Espiritual das Equipas de Nossa Senhora em Vila Nova de Gaia (movimento de casais fundado pelo Padre Henri Caffarel em França em fevereiro de 1939 e em Portugal desde 1955).