Sacristão

O ministério de sacristão ou sacristã é uma das funções ou serviços mais visíveis confiados aos leigos.
São muitas as coisas que se lhes pedem:

  • manter em ordem e em bom estado os lugares: sacristia, presbitério, igreja; abrir e fechar as portas no seu devido momento;
  • cuidar dos toques oportunos dos sinos, assim como da música ambiental;
  • assegurar a limpeza e o bom uso dos objectos relativos ao culto: livros, utensílios, vasos sagrados, flores;
  • preparar as celebrações no seu aspecto material: livros, vestes, iluminação, megafonia, pão e vinho da Eucaristia;
  • fazer ou mandar fazer a colecta ofertorial;
  • encarregar-se do grupo de acólitos ou meninos de coro e do seu correcto funcionamento nas celebrações;
  • procurar que, na sacristia, se crie um clima de paz e oração, que favoreça a preparação espiritual de ministros e acólitos;
  • dispor de modo adequado, segun¬do os critérios da Liturgia actual, os diver¬sos elementos da celebração: a relação entre o altar, o ambão e a presidência, e os lugares próprios dos concelebrantes, acólitos, monitores, etc.
    De um sacristão ou sacristã espera–se também que tenham as qualidades humanas – paciência, amabilidade, disponibilidade – próprias de uma pessoa que tem de receber muitos daqueles que vêm ao seu lugar de serviço (sacerdotes, acólitos, fiéis). Mas também qualidades técnicas para o manejo dos aparelhos eléctricos e electrónicos de gravação e som, e sensibilidade e bom gosto para a disposição dos espaços e dos seus adornos. Sobretudo, deveria ter também um verdadeiro conhecimento litúrgico, das celebrações e da sua estrutura, dos tempos litúrgicos e das festas, do uso dos livros li¬túrgicos, para os preparar e disponibilizar.

 Fonte: José Aldazábal – Secretariado Nacional da Liturgia

Ostiário

Do latim, ostium (porta), é equivalente a «porteiro». É um dos ministérios mais antigos nas assembleias litúrgicas: o de atender à porta do lugar da celebração, com o que isso supõe de acolhimento e também de manutenção da ordem na assembleia, procurando, por exemplo, que não entrem pessoas pagãs na reunião, ou que os catecúmenos abandonem a sala depois da liturgia da Palavra.
O ostiário era uma das quatro Ordens Menores. Além da oração e bênção própria, o bispo fazia o gesto de lhe confiar as chaves da ¬igreja, que, a partir daí, levava a servir aquele que recebia esta ordem menor. Agora, a partir do Ministeria Quædam, de Paulo VI (1972), ficou suprimido o ostiariado, a não ser que algum Episcopado prefira que, em vez de ser um ministério ocasional, seja mais estável e pense em «instituir» de novo ostiários ou equivalentes.

Fonte: José Aldazábal – Secretariado Nacional da Liturgia

Zelador/as

Servir ao Senhor na Igreja preparando tudo para as ações paroquiais, é uma atitude de consagração e veneração. O serviço de uma zeladora, voluntário e gratuito, deve ser realizado com muita dedicação e atenção, mas também com alegria e amor.

As flores, na celebração litúrgica, são sinais expressivos de que apreciamos os mistérios da fé, o espaço em que nos reunimos, a imagem, o sacrário ou o ambão diante dos quais as colocamos. A estética, o bom gosto, a beleza que entra pelos olhos, bem como o perfume que se espalha por todo o ambiente celebrativo, enobrecem e alegram a celebração cristã.

A linguagem das flores é fácil de entender. Um ramo bonito na mesa de jantar em dia de festa, ou oferecido como prova de amizade, ou colocado diante de uma imagem da Virgem, ou deposto sobre a campa de uma pessoa querida que partiu, não precisa de explicações.

A exuberante oferenda de flores à Virgem nalguns santuários famosos (v.g. na Capelinha das Aparições em Fátima), a decoração delicada do Santíssimo na noite de Quinta-feira Santa, ou a flor única que alguém oferece a outra pessoa ou coloca junto do sacrário, são expressões de fé e homenagem a Deus, ou de profundo amor humano, ou de ambientação festiva de um lugar.

Na liturgia, a moderação no uso de flores, em determinados períodos, contribui pedagogicamente para recordar que estamos a preparar-nos para uma festa. É o que acontece no tempo do Advento, ao recomendar-se a discrição no uso das flores, como preparação para a plena alegria do Natal: «No tempo do Advento ornamente-se o altar com flores com a moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor» (Instrução Geral do Missal Romano, n. 305; Cerimonial dos Bispos, n. 236).

Outras vezes, como na Quaresma, proíbe-se totalmente a presença de flores em todo o espaço da igreja ou da capela onde se celebra a liturgia, para sublinhar, no momento próprio, pelo seu uso, a alegria da Vigília e do Tempo Pascal: «No Tempo da Quaresma não é permitido adornar o altar com flores. Exceptuam-se, porém, o domingo “Laetare”, (IV da Quaresma), as solenidades e as festas deste tempo» (Instrução Geral do Missal Romano, n. 305; Cerimonial dos Bispos, n. 252).

No Advento, a verdura parece ser uma boa forma de ornamentação.

Em todas as circunstâncias e tempos litúrgicos, «a ornamentação com flores deve ser sempre sóbria e, em vez de as pôr sobre a mesa do altar, disponham-se junto dele» (Instrução Geral do Missal Romano, n. 305).

Fonte: Secretariado Nacional da Liturgia