Jornadas Mundiais da Juventude – Portugal (Lisboa) 2023

JORNADAS MUNDIAIS DA JUVENTUDE – PORTUGAL (Lisboa) 2023

O que é a Jornada Mundial da Juventude?

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa. É, simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil. Apresenta-se como um convite a uma geração determinada em construir um mundo mais justo e solidário. Com uma identidade claramente católica, é aberta a todos, quer estejam mais próximos ou mais distantes da Igreja.

Acontece todos os anos a nível diocesano, até agora por altura do Domingo de Ramos e a partir de 2021 no Domingo de Cristo Rei. A cada dois, três ou quatro anos ocorre como um encontro internacional, numa cidade escolhida pelo Papa, sempre com a sua presença. Reúne milhares de jovens para celebrar a fé e a pertença à Igreja.

Desde a primeira edição, que se realizou na cidade de Roma em 1986, a Jornada Mundial da Juventude tem-se evidenciado como um laboratório de fé, um lugar de nascimento de vocações ao matrimónio e à vida Consagrada e um instrumento de evangelização e transformação da Igreja.

Visa proporcionar a todos os participantes uma experiência de Igreja universal, fomentando o encontro pessoal com Jesus Cristo. É um novo impulso à fé, à esperança e à caridade de toda a comunidade do país de acolhimento. Tendo os jovens como protagonistas, a Jornada Mundial da Juventude procura também promover a paz, a união e a fraternidade entre os povos e as nações de todo o mundo.

Como surgiu

Há quem lhe chame a mais bela invenção de João Paulo II. Em 1984, o Papa quis organizar um encontro no Domingo de Ramos, em Roma, para celebrar o jubileu dos jovens inserido no Ano Santo da Redenção 1983-1984. Esperavam-se 60 mil peregrinos. Acorreram 250 mil de muitos países.

A experiência foi de tal modo significativa para toda a Igreja, que o Santo Padre resolveu repeti-la no ano seguinte. Nesse encontro, 300 mil jovens repartiram-se entre as igrejas da cidade para momentos de oração e catequese, reunindo-se, depois, na praça de São Pedro para participar na celebração com o Papa. Ainda nesse ano de 1985, João Paulo II escreve uma Carta Apostólica aos jovens do mundo inteiro e anuncia, a 20 de dezembro, a instituição da Jornada Mundial da Juventude.

Dirigindo-se ao Colégio Cardinalício e à Cúria Romana, o Papa explicava assim a criação da JMJ: «Todos os jovens devem sentir-se acompanhados pela Igreja: é por isso que toda a Igreja, em união com o Sucessor de Pedro, se sente mais comprometida, a nível mundial, a favor da juventude, das suas preocupações e pedidos, da sua abertura e esperanças, para corresponder à suas aspirações, comunicando a certeza que é Cristo, a Verdade que é Cristo, o amor que é Cristo, através de uma formação apropriada».

Sabias que? 

1986

ROMA, ITÁLIA

Tema: «Confessai Cristo como Senhor, sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la peça» (1Pe 3, 15)

Na primeira edição, celebrada a nível diocesano, o Papa João Paulo II apresentou a Jornada Mundial da Juventude aos jovens, sublinhando que aquele era um dia de esperança. “Em Jesus Cristo, Deus entrou definitivamente na história do homem. Vós jovens, deveis encontrá-lo primeiro. Deveis encontrá-lo constantemente. A Jornada Mundial da Juventude significa precisamente isto: sair ao encontro de Deus, que entrou na história do Homem através do Mistério Pascal de Jesus Cristo”, disse naquele Domingo de Ramos, 23 de março de 1986.

1987

BUENOS AIRES, ARGENTINA

Tema: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos n’Ele» (1Jo 4, 16)

Hino: Un nuevo sol

Cerca de 900 mil jovens reuniram-se em Buenos Aires, a cidade que o Papa escolheu para acolher a primeira edição internacional da JMJ. «Num país que procurava sarar as feridas da ditadura militar, ainda muito presente na memória e na vida de todos, os peregrinos ouviram o Santo Padre pedir-lhes que fossem testemunhas do amor de Deus. “Comprometam a vossa energia juvenil na construção da civilização do amor», sublinhou João Paulo II, que baseou o seu discurso em 21 questões colocadas por jovens.

1989

SANTIAGO DE COMPOSTELA, ESPANHA

Tema: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6)

Hino: Somos los jóvenes del 2000

Em agosto de 1989, cerca de três meses antes da queda do Muro de Berlim, 600 mil jovens rezaram pela paz, em Santiago de Compostela. Descobrir Cristo sempre de novo e sempre melhor é a aventura mais maravilhosa da nossa vida”, disse o Papa aos jovens, referindo também o testemunho de fé de São Tiago e reforçando o papel do Caminho de Santiago como “caminho de conversão e testemunho de fé”. Nesta edição da JMJ, o Papa percorreu a pé a última parte do caminho até à Catedral de Santiago. Caminhou apoiado num cajado como tantos peregrinos.

1991

CZESTOCHOWA, POLÓNIA

Tema: «Recebestes um Espírito que faz de vós filhos adotivos» (Rm 8, 15)

Hino: Abba Ojcze

Com a queda do regime comunista, a edição de 1991 da Jornada Mundial da Juventude realizou-se na Polónia, com uma numerosa participação de jovens da Europa Oriental — no total, eram cerca de um milhão e meio de peregrinos. “Depois do longo período de fronteiras praticamente insuperáveis, a Igreja na Europa pode finalmente respirar com os dois pulmões”, constatou o Papa polaco. O hino desta JMJ — Abba Ojcze — tornou-se uma canção popular para várias gerações.

1993

DENVER, ESTADOS UNIDOS

Tema: «Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância» (Jo 10, 10)

Hino: We are one Body

Foi nas ruas da cidade de Denver que se realizou a primeira via-sacra da Jornada Mundial da Juventude, uma celebração que, desde então, tem integrado o programa oficial. Nesta edição da JMJ, nos Estados Unidos, o Papa João Paulo II disse que aquela era uma “celebração da vida” e deixou um apelo: “A Igreja precisa da vossa energia, do vosso entusiasmo e dos vossos ideais jovens para fazer com que o Evangelho da vida penetre o tecido da sociedade, transformando o coração das pessoas e das estruturas da sociedade, para criar uma civilização de justiça e amor verdadeiros”.

1995

MANILA, FILIPINAS

Tema: «Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós» (Jo 20, 21)

Hino: Tell the World of His love

A 10.ª Jornada Mundial da Juventude realizou-se nas Filipinas, o país com maior percentagem de católicos na Ásia e um dos mais expressivos do mundo também. Na missa de envio da JMJ de Manila, no Parque Rizal, a mais participada de sempre, estiveram mais de 4 milhões de peregrinos, muitos dos quais provenientes de contextos sociais marcados pela pobreza e pela desigualdade. “Esta é a mensagem que deveis proclamar ao mundo moderno: sobretudo aos mais desamparados, aos que não têm casa, aos marginalizados, aos doentes, aos abandonados, aos que sofrem às mãos de outros. A cada um deveis dizer: olha para Jesus Cristo para veres o que realmente és aos olhos de Deus”, afirmou o Papa.

1997

PARIS, FRANÇA

Tema: «Mestre, onde moras? Vinde e vereis» (Jo 1, 38-39)

Hino : Maître et Seigneur, venu chez nous

Durante a JMJ de Paris, mais de meio milhão de jovens encheram as ruas da capital francesa de alegria e fraternidade, numa edição que ficou marcada por algumas inovações: a introdução dos Dias nas Dioceses (encontro que antecede a semana da JMJ) e do Festival da Juventude (programa cultural e artístico que procura evidenciar o talento dos jovens em áreas como a música ou a representação). No fim da homilia da missa de envio, no hipódromo de Longschamp, João Paulo II deixou um convite: “Caros jovens, o vosso caminho não se detém aqui. O tempo não para hoje. Ide pelas estradas do mundo, pelos caminhos da humanidade, permanecendo unidos na Igreja de Cristo!”

2000

ROMA, ITÁLIA

Tema: «E o Verbo fez-Se homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14)

Hino: Emmanuel

Emmanuel, o hino da JMJ de Roma em 2000, tornou-se um dos mais populares de sempre, tendo inspirado milhões de jovens em todo o mundo. Foi também na JMJ de Roma que o Papa João Paulo II introduziu o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que permaneceu junto ao altar, em Tor Vergata, onde decorreu a vigília e a missa. Este ícone tornou-se um dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a par da Cruz. Mais de 2 milhões de jovens participaram nesta edição da JMJ, em pleno Jubileu do ano 2000, e ouviram João Paulo II falar sobre o amor de Deus: “Sim, queridos amigos, Cristo ama-nos, ama-nos sempre! Ama-nos mesmo quando O desiludimos, quando não correspondemos às suas expetativas a nosso respeito. Jamais nos fecha os braços da sua misericórdia.”

2002

TORONTO, CANADÁ

Tema: «Vós sois o sal da terra […] Vós sois a luz do mundo» (Mt 5, 13.14)

Hino: Light of the world

Na última JMJ a que presidiu, o Papa João Paulo II voltou a pedir aos jovens que se empenhassem na construção de um mundo mais solidário e fraterno. “Com a vossa fé, esperança e amor, com a vossa inteligência, fortaleza e perseverança, deveis humanizar o mundo em que vivemos”, disse o Santo Padre, numa altura em que todos tinham na memória os atentados de 11 de setembro, que tinham acontecido há menos de um ano. Alguns meses depois, a Cruz da JMJ viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas, levando esperança e ânimo aos habitantes da cidade.

2005

COLÓNIA, ALEMANHA

Tema: «Viemos adorá-l’O» (Mt 2, 2)

Hino: Venimus adorare eum

A primeira Jornada Mundial da Juventude a que o Papa Bento XVI presidiu decorreu na Alemanha, o seu país natal. O Santo Padre foi recebido nas margens do rio Reno por uma multidão de jovens — chegou de barco, uma imagem que muitos associaram de imediato à Barca de Pedro. Na missa de envio, em Marienfeld, cerca de 1 milhão de peregrinos ouviram o Papa proclamar que “a hora de Jesus é a hora em que o amor vence”. Foi também por iniciativa de Bento XVI que a vigília da JMJ passou a contemplar um tempo de Adoração ao Santíssimo Sacramento.

2008

SYDNEY, AUSTRÁLIA

Tema: «Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas» (Atos 1, 8)

Hino: Receive the Power

Cerca de meio milhão de peregrinos de mais de 200 países e mais de 600 bispos de todo o mundo participaram na vigília e na missa de envio da primeira JMJ, na Oceânia. Em Sydney, o Papa Bento XVI crismou 24 jovens, convidando todos os participantes a testemunharem a fé. “Para aqueles que receberam este dom, nada mais pode ser como antes. Ser «batizados» no Espírito significa ser incendiados pelo amor de Deus. «Beber» do Espírito (cf. 1 Cor 12, 13) significa ser refrescado pela beleza do plano de Deus sobre nós e o mundo, e tornar-se por sua vez uma fonte de frescura para os outros”, frisou. Foi também nesta edição, na Austrália, que a JMJ passou a estar presente nas redes sociais.

2011

MADRID, ESPANHA

Tema: «Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» (Cl 2, 7)

Hino: Firmes en la Fe

Com um tema que encorajava os jovens a manterem-se firmes na fé, a JMJ Madrid 2011, que contou com cerca de 2 milhões de peregrinos, inundou as ruas da capital espanhola de alegria e esperança, numa Europa em crise. A vigília com o Papa ficou marcada por uma intensa chuva, que não demoveu a multidão de jovens reunida no aeródromo de Cuatro Vientos. Na manhã seguinte, os participantes que ali tinham pernoitado ouviram Bento XVI afirmar que “a fé não se limita a proporcionar alguma informação sobre a identidade de Cristo, mas supõe uma relação pessoal com Ele”.

2013

RIO DE JANEIRO, BRASIL

Tema: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações.» (Mt 28, 19)

Hino: Esperança do Amanhecer

A primeira Jornada Mundial da Juventude que contou com a presença do Papa Francisco aconteceu na América, o seu continente de origem. Participaram na vigília e na missa de envio, na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, mais de 3 milhões de peregrinos. Num ambiente de festa e oração, o Santo Padre sublinhou que “o Evangelho é para todos, e não apenas para alguns” e pediu aos jovens que fossem “protagonistas da mudança”. “Continuem a vencer a apatia, dando uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que surgem em várias partes do mundo”, disse. No final da celebração, muitos jovens ajudaram a recolher o lixo do areal.

2016

CRACÓVIA, POLÓNIA

Tema: «Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia» (Mt 5, 7)

Hino: Błogosławieni miłosierni

A Polónia, país natal de João Paulo II, voltou a acolher este grande encontro internacional, 25 anos depois da edição de 1991, em Czestochowa. Mais de um milhão e meio de jovens de todo o mundo rumaram a Cracóvia, numa JMJ que teve São João Paulo II e Santa Faustina como santos patronos. Na vigília de oração, no Campus Misericordiae, o Papa Francisco voltou a pedir aos jovens para não se acomodarem. “Queridos jovens, não viemos ao mundo para «vegetar», para transcorrer comodamente os dias, para fazer da vida um sofá que nos adormeça; pelo contrário, viemos com outra finalidade, para deixar uma marca”, disse Francisco, que durante a JMJ de Cracóvia visitou também os campos de concentração nazis de Auschwitz e Birkenau, onde permaneceu, durante alguns minutos, em silêncio e oração.

2019

CIDADE DO PANAMÁ, PANAMÁ

Tema: «Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38)

Hino: Hágase en mi según tu palabra

O tema da JMJ de 2019, no Panamá — a primeira na América Central —, coincidiu com as palavras de Nossa Senhora ao Anjo, o que fez com que esta edição tivesse uma importante marca mariana. Na vigília com os jovens, o Papa Francisco apresentou a Virgem Maria como “a maior influencer da história”. “Maria, a ‘influencer’ de Deus. Com poucas palavras, soube dizer ‘sim’, confiando no amor e nas promessas de Deus, única força capaz de fazer novas todas as coisas”, disse o Santo Padre que, durante a celebração, utilizou uma custódia feita com fragmentos de bala, uma alusão à violência na América Latina. Pela primeira vez, a JMJ contou com a presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.

O que acontece

Ao longo de uma semana, os jovens provenientes de todo o mundo são acolhidos, na sua maioria, em instalações públicas (ginásios, escolas, pavilhões…) e paroquiais ou em casas de famílias. Além dos momentos de oração, partilha e lazer, os jovens inscritos participam em várias iniciativas organizadas pela equipa da JMJ, em diferentes locais da cidade que a acolhe. Os pontos altos são as celebrações (atos centrais) que contam com a presença do Papa, tais como a cerimónia de acolhimento e abertura, a via-sacra, a vigília e, no último dia, a missa de envio.

Dias nas dioceses

A “pré-jornada” ou “dias nas dioceses” é um encontro que antecede a semana da JMJ e que consiste na integração dos jovens vindos de todo o mundo nas comunidades paroquiais, nas várias dioceses do país e, nalguns casos, nas dioceses de países vizinhos. Durante esses dias, os participantes podem ficar a conhecer melhor a região que os acolhe, bem como a Igreja local e as suas especificidades, ficando alojados, à semelhança da semana da JMJ, em instalações públicas, paroquiais ou em casas de famílias. Na JMJ Lisboa 2023, a pré-jornada terá lugar de norte a sul de Portugal, incluindo as ilhas.

Os Papas e a JMJ

Depois de instituída, por João Paulo II em 1985, a JMJ contou sempre com a presença dos seus sucessores, que acolheram a ideia com entusiasmo. Poucos meses após a sua eleição papal, Bento XVI participou no encontro de Colónia, Alemanha, em 2005, curiosamente no seu país de origem. Posteriormente, esteve em Sydney, Austrália, no ano de 2008. Também esteve em Madrid, Espanha, em 2011. Em 2013, a primeira viagem apostólica do Papa Francisco fora de Itália levou-o ao Rio de Janeiro, no Brasil, por ocasião da JMJ. Esteve em Cracóvia, na Polónia, e também presidiu, mais recentemente, à JMJ 2019, na Cidade do Panamá, no Panamá.

Os símbolos da JMJ

A Jornada Mundial da Juventude conta com dois símbolos que a acompanham e representam: a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Nos meses que antecedem cada JMJ, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem.

A receção e o acolhimento dos símbolos têm dado muitos frutos um pouco por todo o mundo. Em África, estes dois símbolos instaram os jovens a converterem-se numa geração não-violenta, encabeçaram várias marchas pela paz e foram tocados por milhares, que os saudaram também com os trajes típicos dos seus países. Ajudaram ainda a levar reconciliação onde havia tensão, como em Timor-Leste.

A Cruz peregrina

Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé.

Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.

Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Em 1985, esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil.

O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani

Desde 2003 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.

Endereços:
Fundação JMJ Lisboa 2023
Rua do Grilo, 84
1950-146 Lisboa

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E-mail: geral@lisboa2023.org

 JMJ Lisboa 2023 (pdf)